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    Logística de cargas perigosas: saiba quais são os principais desafios

    Certamente, você já viu algum caminhão sinalizado por placas e numerações nas ruas ou rodovias, né?

    Não é por acaso que essas sinalizações indicam o transporte de produtos perigosos cruzando as estradas do país.

    Essa logística precisa de uma atenção redobrada e para isso vamos mostrar as categorias de cargas perigosas e quais são seus principais cuidados.

    Quando uma carga pode ser considerada perigosa?

    Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), são consideradas cargas perigosas todos os produtos que possuem origem química, radiológica ou biológica e que podem ser nocivos para a população, seus bens e ao meio ambiente.

    Podemos classificar as cargas perigosas em 9 categorias, sendo elas:

    • Materiais explosivos: pólvora ou nitroglicerina, que são capazes de gerar altas quantidades de gases e de calor.
    • Gases: dispersam no ar com facilidade e, na maioria das vezes, não têm cheiro e nem cor, como a amônia, o cloro ou mesmo o gás de cozinha.
    • Líquidos inflamáveis: incluem combustíveis comuns como o óleo diesel ou a gasolina, que entram em combustão sob altas temperaturas.
    • Sólidos inflamáveis: por exemplo enxofre, que se inflama sob atrito ou em contato com chamas.
    • Substâncias oxidantes: podem causar incêndios por peróxido de hidrogênio ao liberar oxigênio.
    • Substâncias tóxicas: como os pesticidas, por exemplo, que são produtos químicos capazes de provocar danos significativos à saúde.
    • Materiais radioativos: geralmente utilizados nas áreas hospitalares e industriais, que exigem o uso de contêineres blindados para que a radioatividade não se espalhe.
    • Substâncias corrosivas: a soda cáustica ou o ácido sulfúrico, que causam queimaduras quando em contato com a pele, tanto em seu estado líquido, quanto sólido.
    • Itens e substâncias perigosas em geral: inclui cargas perigosas que não se adéquam às classificações citadas acima. O exemplo mais comum é o das baterias de lítio.

    Documentação da carga

    Para circular com produtos perigosos em território brasileiro, são necessários documentos específicos. Confira abaixo quais são exigidos.

    Além disso, cada categoria precisa de outros documentos específicos para cada tipo de carga.

    Todo motorista deve conhecer os riscos que existem durante o seu trabalho e saber como se proteger. Para realizar o transporte de cargas perigosas é obrigatório que o condutor possua o certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos (TPP).

    Quais os principais cuidados que devem ser adotados no transporte de cargas perigosas?

    Para garantir que as cargas perigosas não ofereçam riscos ao condutor, às pessoas e ao ambiente, alguns cuidados fundamentais precisam ser adotados. Confira os principais deles:

    1. Uso de EPIs necessários

    Existem EPIs específicos para cada tipo de material transportado que devem ser utilizados tanto durante o transporte, quanto no manuseio do material.

    Seu uso evita danos maiores em eventuais casos de acidente e ainda evita a aplicação de multas.

    2. Utilização das embalagens corretas

    As cargas perigosas contam com tipos próprios de embalagens homologadas para o seu armazenamento de transporte, de acordo com a natureza do produto.

    Entre as características gerais das embalagens, estão questões como:

    • Identificação clara das características do item transportado
    • Respectivos símbolos, marcações e alertas quanto aos riscos que oferece
    • Cor e volume que as destaquem, evitando manuseios equivocados
    • Confecção em materiais resistentes e duradouros, adequados para as peculiaridades do item em questão
    • Perfeito estado de conservação.

    3. Sinalização correta

    De modo a facilitar a identificação dos itens transportados em casos de situações adversas, como acidentes ou vazamentos, alguns tipos de sinalizações são obrigatórios.

    Nas cargas perigosas é preciso constar o rótulo de risco, o número ONU e painel de segurança.

    Isso facilita eventuais operações de limpeza na pista ou mesmo situações de resgate, que podem imediatamente ser estabelecidas de acordo com os padrões de segurança do produto identificado.

    4. Vete qualquer tipo de carga extra

    Também é proibido por lei que qualquer veículo que esteja transportando cargas perigosas utilize eventuais espaços extras para movimentar outros tipos de itens.

    É o caso de alimentos, remédios ou qualquer produto de consumo humano, ou animal.

    Outro ponto que é vetado é o transporte de pessoas ou animais com esse tipo de carga, a não ser o próprio condutor e eventuais auxiliares.

    Invista em tecnologia

    Dificilmente uma empresa consegue gerenciar adequadamente o transporte e o armazenamento de mercadorias sem utilizar a tecnologia a seu favor. Isso também se aplica às cargas perigosas.

    A tecnologia desempenha um importante papel no transporte de bens de valor, pois otimiza a segurança e a comunicação do motorista com as empresas, minimizando riscos e permitindo a resolução de problemas em tempo real.

    Entre esses recursos, podemos destacar alguns importantes:

    Sistemas de rastreamento: dispositivos que permitem acompanhar o caminho do veículo em sua rota e acompanhar tudo pela nuvem.

    Roteirizador: é uma tecnologia que permite criação de rotas inteligentes, considerando critérios como distância, estado de conservação das entradas e segurança.

    Sistema de gestão de frotas: possibilita que o gestor tenha acesso rápido e confiável às informações, ajudando na gestão de documentos, rotas, consumo de combustível, etc.

    Se você percebeu a importância da tecnologia, isso é ótimo, porém já deixou de ser um diferencial. Hoje investir em tecnologia não é diferencial, é obrigação.

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